O corpo fala: aprenda como usar isso à seu favor

Temos que deixar algumas coisas calaras aqui:

Primeiro: aparência importa e quem diz o contrário mente pra si mesmo.

Segundo: você “fala” antes de emitir qualquer palavra e provavelmente ainda não percebeu.

“Ah, mas não se deve julgar um livro pela capa…” — deve sim. E todos nós fazemos isso, consciente ou inconscientemente.

Seja pra identificar o cara suspeito vindo na sua direção numa rua deserta ou pra identificar se a garota na balada está interessada em você, nós fazemos essas leituras o tempo todo.

Em segundos, a postura, a forma como você se move, sua roupa, seu tom de voz — tudo isso abre – ou fecha – portas.

A aparência é só vaidade quando é superficial, mas quando é coerente com quem você é, vira sinal de respeito por si mesmo, a extensão da sua personalidade.

Quem sabe do jogo, joga.

A linguagem corporal é o conjunto de sinais não verbais que o seu corpo emite o tempo todo: postura, expressões faciais, movimentos de mãos, é a forma como você se posiciona num ambiente.

Antes de existir fala, já existia o gesto.

No cérebro, isso está ligado a áreas primitivas de comunicação e percepção de ameaça ou confiança — o outro lê sinais de tensão, dominância, medo ou segurança em frações de segundo, sem perceber que está fazendo isso.

É biológico, automático e moldou nossa sobrevivência. 

Reconhecer força, ameaça ou confiabilidade em poucos segundos foi questão de vida ou morte por milênios.

Hoje, continua sendo.

Seu corpo é sua primeira fala

Se isso ainda não ficou claro pra você pensa no seguinte: ninguém te ouve primeiro, te enxergam primeiro.

Você pode ser muito legal, interessante, culto, inteligente, mas se você mantém uma postura que diz o contrário, dificilmente as pessoas irão se aproximar de você.

Ou, no mínimo, demorarão mais para perceberem isso.

A forma como você se senta, anda, cruza os braços, olha nos olhos ou desvia o olhar, tudo isso define como as pessoas projetam valor, respeito ou desdém sobre você.

A linguagem corporal cria uma primeira impressão que é difícil de quebrar depois.

Ela revela segurança ou insegurança, abertura ou hostilidade, liderança ou submissão e tudo isso afeta suas relações pessoais, profissionais e afetivas.

5 ajustes básicos para sua linguagem corporal não te sabotar

Melhorar linguagem corporal é um estudo extenso e que vamos destrinchar pouco a pouco – por isso, assine nossa coluna – mas existem passos básicos que qualquer homem pode começar a mudar hoje:

1. Postura reta, ombros pra trás

Jordan B. Peterson, no seu livro “12 regras para a vida” fala sobre isso logo no início do primeiro capítulo: “Costas Eretas, Ombros para Trás”.

Evita a pose de derrotado. Uma postura ereta ativa em você e no outro a leitura de confiança.

2. Contato visual firme

Olhe nos olhos enquanto fala. Não é encarar como um psicopata, mas manter a conexão e demonstrar interesse no seu interlocutor.

3. Gestos abertos, mãos visíveis

Braços cruzados e mãos escondidas transmitem fechamento, defesa e insegurança.

Use gestos naturais enquanto fala, deixe as mãos à vista, de preferência acima da linha da cintura. Mãos visíveis comunicam clareza, abertura e confiança.

4. Movimentos controlados

Como bom descendente de italianos, eu falo muito com as mãos, mas isso não significa movimentos exagerados.

Evite balançar as pernas, mãos agitadas demais, olhar perdido. 

Movimento contido transmite autocontrole.

5. Expressão facial coerente

Falar algo sério rindo de nervoso confunde e mina sua presença. Assim como tentar ser carismático com o semblante fechado, só faz você parecer ter o carisma de uma pedra.

Mantenha coerência entre rosto e discurso.

Corpo alinhado, presença clara

Quando sua linguagem corporal e sua estética pessoal trabalham juntas, você se torna claro, coerente.

Não precisa compensar com discurso demais: sua postura já mostra quem você é, o que tolera e até onde alguém pode ir com você.

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