Ela ganha mais que eu. E isso me incomoda

É aquela velha história: quem paga a conta, escolhe o restaurante.

GRANA! Tema de conflito, debate, intrigas, dedo na cara e gritaria!

Dinheiro é um fator importante a ser levado em consideração num relacionamento.
E quando a diferença de grana entre o homem e a mulher é brutal, as coisas podem ficar meio estranhas.

E não adianta negar, o homem que ganha menos que a mulher sofre uma espécie de castração psicológica. Se sente impotente, como se estivesse devendo alguma coisa.

Se você não se sente assim, parabéns… Você está no ról de homens descontruídes. Pode pegar sua bolsa de crochê e ir sentar.

A real é que o equilíbrio é fundamental para um bom relacionamento e isso envolve, inclusive, o orçamento.

Vamos dizer o óbvio: tudo requer dinheiro. O restaurante no final de semana, a internet, a conta de água, de luz, o seguro do carro, a viagem nas férias…

E você saber que não consegue acompanhar o estilo de vida da sua parceira é algo bem frustrante.

Mas calma, nem tudo está perdido.

Às vezes você está analisando apenas metade do cenário e não levando o TODO em consideração.

Seu desconforto precisa fazer sentido.

EGO vs DEPENDÊNCIA

Primeiro, vamos separar o que é ego e o que realmente pode prejudicar um relacionamento: a dependência.

Sua parceira ganha quanto a mais que você?
A diferença precisa ser relevante a ponto de causar dependência. Se não, é puro ego ferido.

Não é porque sua namorada ganha R$500 a mais que você, que ela te banca. E isso vale para os dois extremos.

A relevância da diferença salarial tem um limite.

Se ambos conseguem manter o estilo de vida do casal, ou seja, se cada um consegue pagar as contas, pouco importa se ela ganha 10 mil a mais que você.

O problema começa quando você depende dela para conseguir manter o seu padrão de vida.

E por que isso é prejudicial?

Porque você perde sua voz ativa na relação e não consegue mais arcar com riscos e prejuízos sem que isso envolva sua parceira.

E COMO RESOLVER ISSO?

Simples: Ganhe mais.

Calma. É brincadeira. Não é tão simples assim.
O ideal seria você, pelo menos, poder se bancar, mas se esse não é o cenário, vamos ter que trabalhar com o que temos e traçar algumas estratégias:

1. Converse com ela

É, isso é chato, mas necessário. Deixe claro seu incômodo em não poder – por enquanto – contribuir mais financeiramente.
Ela precisa saber que você não é um acomodado.

2. Compense

Se não financeiramente, de que outro jeito você consegue contribuir?
Procure outras formas de agregar valor e não, isso não significa que você vai virar empregado dela.

3. Pague o que você pode

Se não pode pagar tudo, pague uma parte, ou pague em várias partes.
Tente deixar as coisas mais “justas” possíveis.

4. Invista em você

É aqui que você sai dessa situação, ou pelo menos tenta diminuir a diferença.
Não tem mágica. O único jeito de resolver é você ganhar mais e isso só acontece quando você se qualifica pra isso e investe em você.
Procura um emprego melhor, sobe de cargo ou tenta alguma renda extra.

GANHAR MENOS NÃO É VERGONHA. DEPENDER DO OUTRO, SIM!

Você não precisa ser o provedor absoluto, mas precisa ser um parceiro que contribui e que nunca para de buscar mais.

Ganhar menos não te faz um homem menor. Mas depender do outro — e se acomodar nisso — te transforma num peso. E ninguém admira quem pesa demais.

Quer sugerir um tema ou contar sua história? Manda pra gente!

Mande seu texto, sua sugestão ou história pra gente comentar aqui.

Se fizer sentido, entra pro ar. Se não, entra pro esquecimento. Justo?

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