Você não precisa se desconstruir. Precisa se construir
O homem desconstruído: ele é pacífico, sensível, compreensivo, solidário.
Ele extravasa seus sentimentos, conta seus problemas, carrega a bolsa da namorada nos ombros, se dá bem com todos os amigos dela e até com os ex-namorados, porque ele é extremamente “bem resolvido”.
Nos vendem a tal “desconstrução” como se fosse um certificado de evolução.
Um homem desconstruído é mais livre, mais aceitável pra sociedade.
E você, no auge da sua inocência e boa vontade pensa: “Até que faz sentido. Gostaria de ser uma pessoa melhor!”.
Besteira!
Na prática?
Na prática ele é acuado, infantil, inseguro e dependente. O famoso FROUXO.
Um cara que abriu mão de ser quem é, do que acredita, do que sente e se vendeu à crítica social de um grupo que quer dar as regras.
A “desconstrução do homem” vem sempre acompanhada de um discurso perigoso, porque se vende como uma proposta de amadurecimento, mas se revela um processo de diluição identitária, desvalorização do homem e apagamento dos instintos masculinos.
A desconstrução virou um slogan pra quem lucra em dizer que o homem deve ter vergonha de ser quem é.
Aliás, desconstruir o quê, exatamente?
Na minha época, o que hoje em dia chamam de “um cara tóxico” nós chamávamos de “um cara pau no cu”.
O cara que ficava em cima da namorada, o cara ciumento, o cara que brigava por qualquer coisa, o cara que era ignorante, o cara que era estúpido com os filhos, com a esposa…
Esses eram os “caras pau no cu” e ninguém admirava esses caras. Ninguém queria ser como eles.
É que o problema não está na masculinidade em si, mas no desvio de seus valores centrais.
Ser forte não é sinônimo de ser agressivo. Ser líder não é ser autoritário. Ser protetor não é ser controlador.
O erro é tratar o desvio como regra.
Mais grave ainda: essa desconstrução muitas vezes demoniza instintos naturais, como o desejo por conquista, o impulso pela proteção, a ambição e o senso de missão.
Instintos que, quando bem direcionados, formaram civilizações, protegeram famílias, moveram a história.
O homem desconstruído, por outro lado, é incentivado a abdicar da sua virilidade como se ela fosse algo a ser superado, não integrado e refinado.
Comece a se construir!
Homem não chora, homem não tem medo, homem enfrenta tudo sozinho.
É isso o que te disseram, certo?
Calma, não é bem assim, herói.
Ninguém é invulnerável, nem infalível.
O homem precisa, obrigatoriamente, ser consciente.
Você precisa ter clareza sobre seus princípios, seus limites, suas habilidades, seus pontos fracos e suas vulnerabilidades.
Precisa ter controle sobre si mesmo, saber até que ponto pode ir, quando deve recuar, reconhecer quando passou do ponto.
E pra isso você não precisa reprimir seus instintos masculinos.
A boa notícia é que, se você está lendo isso, significa que você busca por um autoconhecimento e entende que masculinidade bem direcionada é sinônimo de equilíbrio, coragem e responsabilidade consigo mesmo e com aqueles que te cercam.
A má notícia é que você vai precisar fazer isso sozinho.
Mas relaxa, fazer sozinho, não é estar sozinho.
Por isso estamos aqui.
Boa sorte!
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Se fizer sentido, entra pro ar. Se não, entra pro esquecimento. Justo?